frases de revolucionário , coloque a sua !!!

O tempo é o único bem totalmente irrecuperável. Recupera-se uma posição, um exército e até um país, mas o tempo perdido, jamais."
Napoleão Bonaparte

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

18 ANOS PASSARAM !!!
Hoje seria aniversário do meu pai Vicente Lopes de Lima, desarquivar essa historia pra mim já se tornou rotina, nós temos o direito e o dever de conhecer a historia contemporânea do nosso pais. Eu e minha família passamos pelos labirintos da ditadura e sabemos e vivemos tal sofrimento, como diz o poeta ” lembrar, lembrar sempre dos momentos de nossas vidas para que não esquecemos dos que foram” sua historia Democracia lembram? Após ser eleito vereador, por ter sido também simpatizante do partido comunista , foi levado da sua casa diante da sua família e seus filhos menores daquela maneira, hoje considerado um dos heróis nacionais que não se entregou aos desmando dos golpistas . Morreu com 68, media 1m, 67, hoje completaria 87 anos. Dia 09 de abril de 1995 13:00 da tarde faleceu, ele tinha doença de Parkinson, uma das sequelas deixadas pela prisão. Deixou algo a ser feito. Pai te agradeço uma vez mais, por tudo que fostes e sempre serás para mim. Enquanto escrevo, peço à Deus que permita que essas palavras cheguem até você. Que levem o amor que carrego por ti, a saudade que insiste em doer... Hoje, pai, recebe meu beijo em forma de brisa suave... Recebe meu abraço em forma de perfume de flor... Que em tua morada você esteja bem, tranquilo, em paz. Que esteja certo de que cumpriste tua missão. Foste um guerreiro invencível... E por muitos, invejado! Batalhador... Forte...briguento..., até... Mas com um coração enorme! Pai, obrigada por cada minuto de minha vida. Obrigada por cada sorriso que colocaste na face dos meus dois filhos. Você foi mais que avô, mais que pai...mais que amigo. Meu digníssimo Vicente Lopes.
“O tempo é o único bem totalmente irrecuperável. Recupera-se uma posição, um exército e até um país, mas o tempo perdido, jamais." Napoleão Bonaparte



sábado, 31 de agosto de 2013

Filha de preso na ditadura será ouvida por Comissão em Mossoró

Postado em  Hoje - 14:56

A Comissão da Memória e da Verdade Anatália Alves irá ouvir amanhã (2), o depoimento de Maria Neuza Fernandes Lopes, filha de Vicente Lopes de Lima, ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró, militante do partido comunista, preso e torturado durante o regime militar no Brasil.
Maria Neusa procurou a comissão na tarde da sexta-feira (30) e em reunião extraordinária, ficou decidido que seu depoimento seria ouvido no próximo dia 2, às 17h30, na sede da OAB Mossoró. A família já deu entrada em um processo em busca de justiça ao que aconteceu naquela época.
O presidente da Comissão, Wellington Barreto, disse que “dos casos vistos por essa comissão até agora, esse é o que tem o processo mais completo”. Vicente Lopes de Lima foi um dos primeiros moradores do bairro Boa Vista em Mossoró, passou três anos preso durante a ditadura.
Devido às torturas que sofreu, adquiriu a doença de Parkinson. Vicente Lopes faleceu em 1995. Morreu pobre e nunca recebeu nenhum tipo de reconhecimento. Até hoje a família dele luta para que sua história não seja esquecida.

Instalação
A Comissão foi instalada no último dia 12 de julho. Na ocasião, para presidência o nome escolhido foi o do advogado Wellington Barreto, por sua história na militância social no Rio Grande do Norte. Também foram empossados como membros da Comissão os advogados João Paulo de Medeiros e Judith Dantas.
A Comissão da Memória e da Verdade da OAB Mossoró faz homenagem a Anatália Alves, militante que foi presa, torturada e morta durante o regime militar. No último dia 15 de agosto, a Comissão anunciou que está trabalhando para viabilizar a remoção, análise e perícia dos restos mortais de Anatália Alves de Melo, que se encontram no cemitério São Sebastião, em Mossoró.

Fonte: http://www.defato.com/noticias/24932/filha-de-preso-na-ditadura-sera-ouvida-por-comissao-em-mossoro

quinta-feira, 30 de maio de 2013


Morreu neste domingo, em São Paulo, o empresário Roberto Civita, 76, presidente afastado do Conselho de Administração, diretor editorial do Grupo Abril e editor-chefe da revista Veja. Ele estava internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
A censura não foi a única forma de repressão aos órgãos de comunicação de massa que se opunham à ditadura. A revista Veja esteve sob censura prévia durante 119 edições, tendo 10.352 linhas cortadas, 60 matérias totalmente proibidas, assim como 44 fotografias e 20 desenhos e charges (Marconi, 1980, p. 84). Isto nos dá nada menos de 87 linhas por número, um artigo vetado a cada dois números, uma foto a cada três e um desenho ou charge a cada seis edições. Muito menos, portanto, que a imprensa alternativa, como Opinião ou Movimento. Claro, parte da explicação para a diferença reside no tipo de material que se pretendia publicar, no fato de que Veja era uma revista de ampla cobertura e não exclusivamente política.
Finalmente, em alguns casos, a censura foi total, isto é, muitas edições foram simplesmente apreendidas; além disto, revistas e jornais poderiam ser retirados de circulação permanentemente, ainda que o mais comum tenha sido fechar as portas devido às conseqüências financeiras da censura.

Nunca ninguém elogiou a ditadura com tanto entusiasmo, denodo e servilismo como Mino Carta. E posso provar o que digo, é claro!

“Como é de conhecimento do mundo mineral, quem fez a VEJA, quando podia ser lida, foi o Mino Carta. O Robert(o) [Civita] lia a Veja na segunda feira, depois de impressa, porque o Mino não deixava ele dar palpite ANTES de a revista rodar.”
A afirmação acima é de Paulo Henrique Amorim, amigo de Mino Carta, e, surpreendentemente, trata-se de uma verdade. Mino, com efeito, fazia o que achava melhor. Seu patrão só ficava sabendo na segunda-feira. A sua ditadura unipessoal na revista acabou no começo de 1976. A ditadura no Brasil ainda duraria muito tempo.
Pois bem, as novas gerações, especialmente os jovens estudantes de jornalismo, que hoje eventualmente leem e ouvem Mino Carta conhecem pouco da história da profissão. Não raro, seus professores se ocupam de proselitismo ideológico raso e não incentivam a pesquisa. O material que destaco abaixo é público. Está no arquivo digital da VEJA.
Na revista de 1º de abril de 1970, Mino decidiu fazer um balanço dos seis anos de poder militar no Brasil. A longa reportagem, com texto final de Elio Gaspari e Luís Adolfo Pinheiro, era apresentada num editorial assinado pelo então diretor de redação. Outros podem ter cantado as glórias do regime militar, mas ninguém como Mino. Outros podem ter enxergado virtudes no poder de farda. Mas ninguém como Mino. Outros podem ter coberto os chamados “setores castrenses” de elogios e mimos. Mas ninguém como Mino. Segue o seu editorial na íntegra. Comento depois.
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Voltei
A essa altura, imagino muitos jovens “progressistas” mais irados que menino cagado, como se diz nos Pampas. Sim, este Robespierre da “imprensa nativa”, como ele costuma se referir aos demais veículos de imprensa, achava que os militares
“surgiram como o único antídoto de seguro efeito contra a subversão e a corrupção, nascidas e criadas à sombra dos erros voluntários e involuntários dos líderes civis”. Como vocês sabem, o “direitista Reinaldo Azevedo”, o Judas pronto a ser malhado pela esquerdopatia de salão, jamais escreveu ou escreveria algo parecido. Como não sou demagogo nem estúpido e prezo o estado de direito, não tento enganar incautos pregando, por exemplo, a revisão da Lei de Anistia.
Quando publiquei um outro texto demonstrando a verdadeira pena de Mino Carta, alguns tentaram ensaiar uma defesa: “Não foi ele que escreveu! Era a revista!” Errado! O que vai acima é um texto assinado. Ele, sim! Aquele que mandava em VEJA e não permitia pitaco de patrão. Mino não precisava que ninguém o forçasse a lustrar as botas do quartel. Ele o fazia por conta própria, por gosto, por vocação,  pela vontade de servir.
Mino ia longe. Enxergava o que ninguém mais alto do que ele conseguia enxergar. Leiam lá o que diz sobre os governos de farda: “E, enquanto cuidavam de pôr a casa em ordem, tiveram de começar a preparar o país, a pátria amada, para sair de sua humilhante condição de subdesenvolvimento”.
Sabem o que é mais fabuloso? Mino continua fanaticamente governista hoje, como sabem. A razão supostamente nobre que pretexta para ter aderido ao lulo-petismo é justamente a dita luta do ApeDELTA para tirar o país do… subdesenvolvimento!!! Já naquele tempo, como se nota, ele tinha esse estilo que eu definiria como “contestação a favor do poder”.
A reportagem
A reportagem a que ele se refere, com texto final de Elio Gaspari e Luís Adolfo Pinheiro, também é um primor. Ali já se percebe a semente de um estilo que renderia muitas metáforas a um deles: assim como Lula é, nos dias hodiernos, o homem “do andar de baixo” que veio dar lições “ao andar de cima”, naqueles dias, esse papel era reservado aos militares. Querem ver?
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Entenderam? Era “a revolução que legitimava o Parlamento, não o Parlamento que legitimava a revolução”. Os militares perceberam, como se informa acima, que as intenções ideológicas dos políticos são sempre “escorregadias”. Huuummm… Não deixa de ter lá a sua verdade. Quando vejo alguns áulicos de hoje a demonizar a oposição, noto que o sestro é antigo. Este outro trecho da reportagem é de uma fabulosa eloquência.
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Ali se mostra o danado esforço dos militares para construir uma “nova estrutura política, econômica e social para o país”, sem transigir com os “antigos inimigos”, a saber: “a corrupção e a subversão”. Mino Carta e seus rapazes saúdam o fato de que, finalmente, existe uma política sem políticos — nem mesmo aqueles que apoiaram inicialmente o golpe. Não se trata apenas de uma reportagem exaltando o poder militar. Trata-se um texto em favor da linha dura. Mino, como se sabe, é sempre muito convicto. As ideias ficarão ainda mais claras no trecho que segue. Notem que a tarefa dos militares é criar o desenvolvimento. E não estão para brincadeira, não! Trata-se de gente séria, competente e trabalhadora — não aquela bagunça do governo civil.
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Mino, Gaspari e a turma estavam empenhados em demonstrar que, finalmente, havia gente de outra natureza no poder, muito distante da vigarice civil e da baderna protagonizada por reles políticos. Estes, parece, eram talhados para se servir do poder — os outros, ao contrário, eram educados para servir. Que falem por si. Não precisam do meu auxílio. As duas imagens devem ser lidas na sequência.
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É claro que há, sim, verdades no que vai acima quanto à formação e ao espírito dos militares. A questão é saber se seu lugar é o governo. E me parece certo que não. Assim como tenho a certeza de que também não é lugar de larápios, de aproveitadores e de candidatos a caudilho. E, se restou alguma dúvida quanto aos propósitos do editorial de Mino Carta e da matéria feita sob o seu comando e a sua inspiração, o último parágrafo é de um eloquência acachapante. Leiam. Volto para encerrar.
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Pois é… A gente nota os “velhos progressistas de esquerda de hoje” já em estado larvar naqueles entusiastas do regime, não é? Afinal, os militares eram “sensíveis aos problemas” nacionais porque oriundos das “camadas mais pobres da sociedade”. Isso deve explicar a paixão  pelo ApeDELTA. Golpe? Nada disso! A gente aprende lendo o texto que “a classe política se dividiu e naufragou por suas próprias limitações”. Quando os militares decidissem entregar o cargo, haveria de ser a uma “classe política renovada”.
Uau!!!
Encerrando
Os jornalistas, o jornalismo e as empresas de comunicação retratam o poder: noticiam, analisam, opinam… Mas têm de ter claro que não são — NEM DEVEM SER — o poder. É evidente que a imprensa estava sob severa censura em 1970, mas, já escrevi aqui, se era proibido criticar, não era obrigatório elogiar. Especialmente com essa ênfase e com argumentos saídos da mais profunda convicção antidemocrática.
Mino Carta se sentia a voz do poder em 1970 e se sente a voz do poder em 2012. No passado, ele desqualificava os políticos — consumidos por suas ambições e limitações. Nos dias de hoje, os adversários dos “representantes das camadas mais pobres” são as forças de oposição e, claro, a “imprensa nativa”, que ele adora satanizar. Sentia-se poder antes. Sente-se poder agora. Ocorre que, para vestir esse figurino, precisa inventar para si mesmo um passado de contestação, falso como nota de R$ 3. Alguém poderia dizer que não mudou tanto assim. Hoje como antes, sempre aos pés do poder. Hoje como antes, de braços dados com o autoritarismo.
Lamento desfazer as ilusões de alguns moços, pobres moços! Mas também eles têm o direito de saber o que eu sei. Sim, sim, há muitos outros “pogreçista” que cantaram as glórias do regime militar. O trabalho da minha Comissão Particular da Verdade mal começou.
Texto publicado originalmente às 5h53
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 4 de maio de 2013

Quanto ao mérito, não há dúvida, ele meu Pai (VICENTE LOPES DE LIMA) foi perseguido e preso, merece a indenização como também sua família , os filhos ainda pequeno assistindo uma cena como aquela, sendo empurrados para longe do seu próprio pai. Mas, fico recorrendo a um e a outro para ajudar nesse caso o processo tá com pedido vista para analisarmos melhor o caso, com intuito de que os crimes que ocorreram no passado se tornem de conhecimento público e não sejam apagados pelo tempo.
É preciso que as pessoas não esqueçam que esse Estado democrático de direito que vivemos hoje se deve muito a essas pessoas, que pagaram um preço muito alto, com prisão e tortura. É uma forma de a sociedade reconhecer a importância dessas pessoas. E também para sinalizar para o futuro que o Estado não é conivente com essas práticas, para que a gente possa, cada vez mais, fortalecer o estado democrático no País"

Comissão da Verdade e Procuradoria decidem exumar corpo do João Goulart

Goulart morreu em dezembro de 1976 durante o exílio na Argentina.
A família do ex-presidente acredita que ele possa ter sido envenenado.


A Comissão Nacional da Verdade e o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul decidiram exumar o corpo do ex-presidente João Goulart (veja ao lado o vídeo do Jornal da Globo sobre o tema).
Goulart morreu em dezembro de 1976 durante o exílio na Argentina. A família do ex-presidente acredita que ele possa ter sido envenenado. O corpo de João Goulart está sepultado no cemitério de São Borja, no Rio Grande do S
O corpo do ex-presidente João Goulart, morto em 1976, será exumado, por decisão da Comissão Nacional da Verdade e do MPF-RS (Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul).
A despeito da versão oficial da morte de Goulart, por ataque cardíaco durante exílio na Argentina após ser deposto pelo golpe de 1964, a família do ex-presidente acredita que ele possa ter sido envenenado. O corpo de João Goulart está enterrado no cemitério de São Borja, no Rio Grande do Sul.
A advogada criminalista Rosa Cardoso, integrante da Comissão da Verdade, disse que os "indícios concludentes" de que Goulart foi vigiado no exílio pela "Operação Condor" (uma aliança entre as ditaduras do Cone Sul nos anos 1970 para perseguir os opositores dos regimes militares da região) sugerem, também, que ele pode ter sido assassinado por ordem da ditadura brasileira. A exumação deve confirmar ou não essa premissa.
Por enquanto, Rosa evita afirmações categóricas. "Nós temos que perguntar agora se já é possível que a comissão se posicione a respeito de um assassinato", disse. Mas, "como criminalista", afirmou que tem visto casos nos quais o Judiciário se pronuncia [pela condenação de criminosos] "com uma quantidade muito menor de indícios concludentes" do que os disponíveis na apuração sobre a morte de Jango.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tortura nunca mais! Quem vai reparar os danos da alma dos torturados e seus 


Fotografo não identificado e arquivo de Getulio Teixeira; década de 1960, Congresso de Vereadores em Recife. Da esquerda para a direita: vereadores Genesio Cabral de Lima [Major Santos] e  Alfredo Teixeira; Djalma Maranhão, Prefeito de Natal, casal desconhecido, Virgílio Barbosa, por trás, Waldemir Limeira, Luiz de Brito, Nilton Paulino e José Horácio, todos vereadores. O prefeito Djalma Maranhão foi perseguido pela ditadura e morreu no exílio. Foi pura maldade contra um homem de bem!
Houve danos físicos e morais com a tortura e a morte de brasileiros. A extensão da tortura ainda não foi apurada. Milhares de patriotas brasileiros que buscavam um Brasil melhor para viver com seus filhos foram presos e torturados pela ditadura. É sempre bom lembrar que a ditadura foi da burguesia que usou as forças armadas e as forças policiais para o chamado “serviço sujo”, aquele de torturar e matar cidadãos brasileiros.  Feriram de morte os acusados, os amigos e os familiares ao transformarem em párias estes patriotas que lutavam pelo bem comum.  A extensão dos danos para filhos, pais, esposas e amigos ainda não foi apurado. Muitos deles já ficaram pelo caminho encontrando a morte em razão das doenças provocadas pelos sofrimentos. Outros agonizam ainda sem conseguir libertar-se do fantasma da perseguição, da tortura e do massacre físico e moral a que foram submetidos. É salutar que um tribunal do nosso país comece a reconhecer os torturadores e os seus comparsas. Tortura nunca mais! É esta a divisa para nós brasileiros.  De Claudio Guerra para o baú de Macau.